Parabéns à alemã Media Markt, pelo menos às suas lojas do Grande Porto, por ter começado a vender livros. Neste folheto de passagem de ano, válido até 4/1 (ou seja, 3 dias em 2009, considerando que as lojas fecham a 1/1), há duas novidades que ultrapassam os 10% de desconto por apenas um cêntimo, e portanto estão a fazer as lojas gastar 3 dias dos 25 dias de ocasiões especiais a que têm direito.
Alguém dirá: "é só mais um cêntimo de desconto, não faz mal!" A essa pessoa eu respondo: a razão por que aponto quem faz 10% de desconto mais um cêntimo é a mesma razão por que não aponto quem faz 10% de desconto exactos. É uma questão de definir objectivamente o limite a partir do qual se entra em violação da Lei. Esse limite é os 10%. Se o preço fixado para um livro é de 15€ (como é o caso do livro da direita), então o preço mínimo admissível tem de ser 13,50€, para que 13,49€ possa ser considerado uma violação. Se 13,49€ não fosse considerado uma violação, logo alguém testaria os 13,48€ porque, novamente, seria "só mais um cêntimo de desconto, não faz mal!", e não mais se parava.
Outro dirá: "isso dá 10,06% de desconto, arredondado é à mesma os 10%." A essa pessoa eu respondo: tanto é possível arredondar 10,06% para 10%, como 15% para 10%, ou 50% para 10% - é só uma questão de regras de arredondamento. A Lei não fala em regras de arredondamento e não fala em casas decimais porque não precisa. 10% é o limite, e 10,06% está entre 10% e 20%, que estas lojas podem fazer durante 25 dias por ano.
Claro que gastar 3 dias por um cêntimo não faz muito sentido comercial. Por isso, das duas uma: ou a Media Markt não sabia da Lei, ou está a testar a polícia que deve fiscalizar este novo negócio em que se meteu, ou quer fazer de nós parvos (afinal, é das três, uma). Se no mínimo os três dias de ocasião especial não forem contabilizados, fica aberto um grave precedente.
Media Markt Porto / Gaia / Rio Tinto: 3 dias
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29.12.08
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